quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Auto-reflexão: Eu e os outros



© Kmye chan


Existem muitas “Filipa” (como indivíduo) por esse mundo fora, a Filipa que o meu próprio “eu” vê, a Filipa no coração dos país, a Filipa no coração da tia, a Filipa no coração dos vários familiares, a Filipa no coração do Ricardo, no coração da Elisabete, no coração dos restantes amigos, no coração dos vizinhos, no coração dos colegas, no coração dos professores, no coração de toda gente, em todos os corações há uma “Filipa - eu”. Todas elas são diferentes umas das outras, dependendo do coração de cada um.

Eu, um ser humano física e organicamente normal, vivo à procura de individualidade, uma personalidade só minha… uma alma só minha. Esse é o meu desejo. Uma auto-protecção para com a sociedade é necessária pois ela não me (nos) facilita ser diferente dos outros… pensar, agir de maneira diferente.

Amigos, pessoas com quem nos identificamos, que gostamos, que estimamos, que nos apoiam e suportam quando mais precisamos. Este é significado de amizade que aprendemos desde pequenos. 
Olá tudo bem? Não? Então o que se passa, podes contar comigo se precisares!”, supostamente uma pessoa sente-se feliz quando ouve/lê uma frase destas. Isto acontece-me com frequência e o que me faz muita confusão é que todas essas palavras bonitas e simpáticas têm um objectivo: conveniência. 

Vivo num mundo ao contrário, um mundo só meu... não sou igual nem parecida com a maioria, não tenho os princípios, nem as mesmas motivações, nem o mesmo modo de divertimento: o que eles acham “fixe”, eu acho estúpido, o que eles acham maçador eu acho “fixe”. Claro que posso estar a generalizar mas de certo modo é quase sempre assim. Eu gosto de ser como sou, e também gostava que os meus “amigos” gostassem e me aceitassem assim... mas não é isso que acontece.

Porquê? Porque me pressionam tanto? Porque tenho de gostar das mesmas coisas que eles?  Há alguma lei que diga isso? Não, então porque raio não me aceitam como eu sou? 
Não gosto de discotecas e nem tenho intenção de vir a gostar! Não me empurrem lá para dentro quando eu não o quero fazer.
Não gosto de bebidas alcoólicas.
Adoro anime! Têm problemas por ser japonês e serem "desenhos animados". Um erro comum na cabeça das pessoas.
Prefiro uma conversa sobre controvercidades do que uma conversa sobre maquilhagem... sou javarda se calhar.

Só há uma coisa que eles dizem e têm razão, eu devia de sair mais! E concordo plenamente, devia de sair mais, ir a sítios que gosto, fazer coisas que gosto... com pessoas que gosto, não pessoas que me que querem obrigar a fazer aquilo que não quero e a ir onde não gosto.


Eu sou somente um gota de água que cai contra uma enorme e dura falésia


Aqueles que remam contra a maré têm certamente muitas dificuldades, é necessário um grande esforço e muita força de vontade. Muitos desistem, talvez por medo, por falta de forças e de motivações... 


Pergunto-me, valerá a pena todo este esforço?


PS: E já agora, como é a Filipa no seu coração?

4 comentários:

  1. Devo concordar com tudo o que disseste. A sociedade de hoje em dia está vincada com um padrão de cultura e comportamentos que acha ser “normal”. Qualquer desvio desse “caminho” e és rotulada(o) por pelo facto de seres diferente e gostares de coisas que a maioria das pessoas não gosta, como exemplo: os amantes de anime, such as me and you.
    Obviamente que as pessoas que não gostam de anime, não sabem o que perdem, uma vez que animação é uma forma de arte, desde a caracterização das personagens à história com enredos fabulosos que nos fazem prender ao ecrã quer do Pc quer da Tv.
    Enfim, já alguém havia dito "todos diferentes e todos iguais", sim podemos ser iguais por fora mas no interior somos todos diferente. Por mais coisas em comum que tenham acabam por ser diferentes, uns mais excêntricos que outros. A nossa sociedade tem de aprender a aceitar esse facto, pois é esta diferença entre indivíduos que faz com que a sociedade evolua, quem pensa que um tipo de comportamento não é normal não merece ser levado a sério, essas pessoas em vez de viverem a vida, ficam presos a comportamentos que acham serem normais para poderem integrar-se.

    PS: Bem, o que acho eu da Filipa no meu coração?
    Ora, é uma gaja com fortes convicções e uma personalidade fortemente vincada. Quando tem uma opinião ela agarra-a com mãos e dentes defendendo-a até às últimas, e é isso que adoro nela, tem garra a "pikena". Além disso é uma das pessoas mais queridas que conheço e vai sempre estar no meu coração como a minha mana torta <3 *.*

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  2. A sociedade de hoje em dia é isto que se vê. Ou és giro(a) e tens estilo (mesmo que sejas uma autêntica "besta") ou então só te podes refugiar naquela pequena parte de pessoas "diferentes".
    Eu sou completamente contra esta sociedade, e tenho pena disso, porque penso que seria muito melhor viver numa sociedade que nos desse motivos para gostar dela.

    You know it's sad but true

    Quanto à Filipa no meu coração, bem, tal como dito em cima, tem uma personalidade muito forte, é sincera (por muito que aches que isto não é nada de especial, acredita que o valorizo muito), e, mesmo com alguns tempos de ausência da minha parte, é alguém que eu nunca esqueço. Esta rapariga é um EXEMPLO PARA A SOCIEDADE!!!!!
    Sabes que hei-de estar aqui para o que precisares. E se não sabes devias saber! :p

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  3. refletindo sobre tudo que você disse..
    as pessoas não foram feitas para serem entendidas, então porque tão contraditóriamente nos esforçamos para entende-las ?
    Tão estranho esse mundo, onde ninguém é igual, mas são discrimados aqueles que são diferentes.

    .. adoro muito seus textos..

    depois comente no meu blog..
    http://www.frauluque.blogspot.com

    e se quiser saber, ainda não descobri como é a Filipa no meu coração.

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  4. HostileButCuddly09 maio, 2009 12:44

    Posso dizer que já passei por isso algumas vezes. E admiro a tua maneira de ser, por não te deixares influenciar e teres a maturidade suficiente para perceberes aquilo que queres.

    Quanto aos teus "amigos", acho k deves tentar falar com eles, e se vires que n te ouvem ou n t percebem, eskece-os! Nºao merecem a tua amizade.

    Eu, amigos mesmo, conto-os pelos dedos da mão. E não preciso de estar num grupo grande nem de ser popular. Exactamente pk n me identifico com a maior parte das pessoas da minha turma.

    Parabéns pelo post ;)

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